Eletroconvulsoterapia

O que é a ECT:

A eletroconvulsoterapia, também conhecida como ECT, é um tratamento médico efetivo para diversas condições psiquiátricas graves e persistentes, que não respondem bem ao tratamento medicamentoso, como nas depressões com risco de suicídio, na mania, na esquizofrenia e em outras condições especificas.

Para ser submetido ao tratamento, o paciente passa por uma avaliação criteriosa de um médico psiquiatra especializado que poderá indicar e planejar o tratamento. Posteriormente será necessário realizar exames médicos clínicos e cardiológicos para avaliar a condição física e os riscos para fazer o procedimento.

Na realização do procedimento, o paciente, primeiro recebe um agente anestésico de curta duração e um relaxante muscular que evitará contrações de sua musculatura após a aplicação do estímulo elétrico. Enquanto o paciente está anestesiado (dormindo), seguindo protocolos padronizados, o médico irá induzir uma crise semelhante a uma convulsão no cérebro.  O paciente não apresenta nenhuma experiência de dor ou desconforto durante o procedimento.

As funções fisiológicas como, pressão arterial, pulso, oxigenação e respiração e o ritmo cardíaco são monitorados durante toda a sessão.

A eletroconvulsoterapia apresenta uma ação terapêutica mais rápida que os psicofármacos. Um curso agudo de tratamento, no geral, dura de 2 a 4 semanas (6 a 12 sessões), porem fatores individuais podem interferir no número total de aplicações necessárias. Para a manutenção da resposta terapêutica, é recomendável realizar o tratamento de manutenção com sessões que podem ser semanais, quinzenais e ou até mensais por um período de até seis meses. Aqueles pacientes com doenças recorrentes, podem ser candidatos a realizarem o ECT por períodos mais longos.

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Efeitos sobre a memória

A ECT é considerada um tratamento minimante invasivo, em função do uso de anestesia para realizar o procedimento. O risco de mortalidade é considerado semelhante ao de pequenas cirurgias (1/10.000 pacientes). Porém o efeito adverso que as pessoas mais se preocupam é com os efeitos sobre a memória.

Durante o período em que o paciente está sendo submetido ao tratamento sua capacidade de memorizar fatos recentes fica comprometida (amnésia anterógrada). Esse efeito colateral melhora, nos dias e semanas subsequentes após o termino do ECT. Porém, fatos ocorridos antes do tratamento ou mesmo durante podem ser esquecidos e não serem recuperados (amnésia retrógrada). Atualmente, mudanças na técnica e parâmetros de estimulação, minimizarão bastantes esses efeitos adversos.

Quem pode se beneficiar da ECT

A Eletroconvulsoterapia e um tratamento bastante seguro, sendo indicado em qualquer faixa etária (da infância aos idosos). Estudos mostram, por exemplo que pacientes idosos apresentam mais efeitos adversos associados ao tratamento medicamentoso do que a ECT. O procedimento também é seguro nos três trimestres da gestação e no puerpério, períodos também aonde existem diversas contraindicações medicamentosas.

Pacientes com doenças clínicas também podem ser submetidos ao tratamento com relativa segurança. Para isso, e necessário a análise individual de cada caso. Avaliando os riscos e benefícios.

Indicações da ECT

  • Transtorno depressão maior refratário
  • Risco de suicídio
  • Mania refrataria
  • Esquizofrenia refrataria
  • Catatonia
  • Doença de Parkinson
  • Status epilépticos
  • Alterações comportamentais na demência

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